Grafologia pueril
Não é obsessão, é coincidência. No outro dia, num dos seus artigos, Pulido Valente chamou pueril ao livro do ministro da Economia, intitulado Portugal na Hora da Verdade. Ao mesmo tempo, em várias ocasiões, no mesmo local, o mesmo colunista elogia Medina Carreira pela sua "visão". Ontem voltei a ver este fiscalista a mostrar gráficos na televisão e a anunciar o fim do mundo. Acontece que esses anúncios aparecem agora como tendo ainda mais razão, pois são da mesma pessoa que "previu" o que está a acontecer agora. Encurtando razões, Medina Carreira e Santos Pereira falam precisamente da mesma coisa. Só que um vai pelo caminho fácil, dos gráficos desconexos, e parece sério, e o outro foi pelo caminho difícil, escrevendo um livro que, precisamente, parece pueril. VPV tem sempre um bocadinho de razão, mas não viu, porventura, esta ligação. Em consideração pelo trabalho que representa, eu não chamaria pueril ao livro de Santos Pereira. Talvez dissesse, por exemplo, que é um livro com pressupostos a precisarem de uma profunda revisão - como se pode concluir, aliás, pela observação da acção do autor enquanto ministro. E o que seguramente se concluiria, também, se Medina Carreira fosse o ministro de serviço.
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Os meus cumprimentos.